quinta-feira, maio 05, 2011

Sistema carcerário brasileiro.

                             
    Há anos acompanhamos o aumento da criminalidade por todo país, ocasionando maior número de indivíduos presos, os quais, segundo nossas leis, deveriam após condenados serem direcionados a um presídio, onde lá, passariam por todo um processo de recuperação e ressocialização, com o intuito de após o cumprimento de sua pena, voltar a integrar a sociedade de forma digna e honesta. Mas percebemos com clarezam que esse perfil está longe de nossa realidade, uma vez que  o sistema carcerário encontra-se falido, sem condição alguma de recuperar um presidiário. O objetivo das penas praticamente não há como ser alcançado, os presos seguem encarcerados de maneira subumana, ociosos, sem acompanhamento psicológico, readequação à realidade, e sem trabalhar, possuindo tempo de sobra para planejar fugas, crimes e vinganças. Muitos animais vivem em melhores situações do que os apenados que sequer tem espaço para dormir em virtude da superlotação dos presídios espalhados pelo Brasil. Inexiste um sistema funcional, capaz de provocar uma mudança de comportamento, atitude e ideiais, suscetíveis a uma perspectiva de melhora após o cumprimento de suas respectivas penas. 
   
    Por muito tempo, assim como muitos ainda pensam hoje em dia, erroneamente, tinha o pensamento de que a pessoa autora de um delito deveria sofrer até as últimas consequencias dos seus atos, fosse através de reclusão ou mesmo sofrendo métodos de violência, porém, no decorrer dos anos, percebi de que nada adiantavam tais atitudes, e por mais severo que fosse o castigo a situação só piorava cada vez mais, com os índices de criminalidade aumentando. Então, não sendo através da repressão pura e simples que mostramos a um ser o quão erradas são suas ações, qual seria a melhor forma de conduzir o fato? Baseado em leituras e opiniões de especialista no assunto, digo ser a reeducação como um todo a maneira mais eficaz de inserir um ex-detento na sociedade, dando-lhe a possibilidade de no período de reclusão, aprender uma profissão, além do trabalho psicológico pertinente. Contudo, sabemos estar muito longe disso tudo acontecer, afinal, as cadeias estão caindo aos pedaços, desestruturadas e sem profissionais capacitados para administrá-las, permitindo aos prisioneiros comandarem ataques de dentro dos sistemas prisionais, por meio de cartas e uso de celulares.


    O Brasil, por excelência , tem o costume ou mania de imitar inúmeros países, e principalmente os EUA, pena  só copiar o imprestável, deixando de lado os exemplos que poderiam ser seguidos, tendo como o exemplo o planejamento, boa estrutura e eficiência do sistema carcerário norte-americano, onde os presidios são mais limpos do que certos hospitais públicos do Brasil. Tendo em vista os fatos mencionados, não quero de maneira alguma defender nenhum marginal, mas sim, pensar na população que terá de conviver com os mesmos, pois voltarão depois de sair daquele verdadeiro inferno, a conviver conosco. Esse quadro mal estruturado é fruto da inércia do poder público, insistente em combater o efeito ao invés da causa do problema. Peço-lhe que assista ao video abaixo postado pelo dono do blog http://schneiderestrategias.blogspot.com/, demonstrando um pouco da situação deprimente de nossos sistemas prisionais.